sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A Cor Púrpura, de Alice Walker

Já devem ter ouvido falar desse livro, de 1982, ou do filme dirigido por Steven Spielberg, de 1985. Se não, dá uma olhada aqui, porque esse post não é uma resenha. E sim uma "homenagem" a parte que mais me cativou durante toda a leitura.

Segue o trecho:

"Querida Nettie,

Eu não escrevo mais pra Deus, eu escrevo pra você.
O que aconteceu com Deus? Shug perguntou.
Quem é ele? Eu falei

...

Agora que meus olhos tão abrindo, eu pareço boba. Perto de cada moita de arbusto do pátio a maldade de Senhor ____ parece que diminui. Mas não de todo. Porque é como a Shug fala, Você tem que tirar o homem da sua vista antes de poder ver alguma coisa.
O homem corrompe tudo, Shug fala. Ele tá na sua cumida, na sua cabeça, e o tempo todo na rádio. Ele tenta fazer você pensar que ele tá em todo lugar. E quando você pensa que ele tá em todo lugar, você começa a pensar que ele é Deus. Mas ele num é. Quando você tiver tentando rezar e o homem se estatelar lá no fim, diga pra ele se mandar, Shug fala. Invoque as flores, o vento, a agua, a pedra.
Mas isso é difícil, eu posso dizer. Ele tá lá há tanto tempo que num quer se mexer. Ele ameaça com raio, dilúvio e terremoto. A gente briga. Eu mal rezo na verdade. Toda vez que eu invoco uma pedra, eu acabo tendo é que atirar com ela.
Amém."

Dentro de todos os assuntos tratados no livro, a questão da figura de Deus é a que mais me chamou atenção. Isso sei que vai do meu momento. Sim, estou descrente da vida. O que gera essa desconfiança em relação a Deus, como se Ele que tivesse toda a culpa do que está acontecendo, do que aconteceu, e do que vai acontecer... Mas não vim falar sobre minhas desconfianças. Vim só dar essa dica de leitura. Valeu pelo empréstimo, Thais! bjs

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