quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Trecho do dia


Trecho extraído do livro Os Pensadores - Jean-Jacques Rousseau.
E como dá pra ver, pág. 12.  

Lembranças

Sabe aquelas lembranças que ficam pipocando no Facebook, mostrando o quanto você estava feliz nesse mesmo dia, sei lá quantos anos atrás e que só te deixam mais triste do que você já está. Porque, lógico, você não está fazendo nada de mais no dia de hoje (presente). Como sei disso? VOCÊ ESTÁ FUÇANDO FACEBOOK!!! Sinal óbvio.

Então.. voltando... nas minhas lembranças de hoje apareceu esse trecho, acho que de horóscopo da semana, publicado em 2014:

"A semana de 1 a 7/12 pede mudanças. E elas tendem a acontecer de uma forma ou de outra. Por isso abra-se pro inesperado, seja mais ousado, confie na intuição. Não tenha medo de arriscar; isso faz parte do momento. Mas cuidado pra não se iludir ou alimentar fantasias! É importante ter consciência da realidade e sair na frente rumo às mudanças."

Isso só me faz lembrar o quanto ainda estou perdida em relação a mudanças. Nesse caso, mudança de endereço. Porque nesse dia ai, era justamente um "retorno" pra casa dos meus pais em Minas. Que durou uns dois meses só (que bom!). Hoje também estou pensando na possibilidade de mudança. De morar mais perto de onde estou trabalhando e me proporcionar alguns minutos a mais de sono toda manhã. Não só isso. Também queria experimentar viver sozinha. Sei que meu maior medo é de ficar sozinha. Já deu esse resultado até em um teste que fiz pela net, mas queria ter essa sensação.

Nesse tal dia da lembrança já havia me decidido: fiz a mudança no fim de semana mesmo.
Hoje ainda estou na incerteza. Vamos seguir pensando...

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Tolerância zero?

Devem fazer uns dois anos ou um pouco mais que não vejo uma discussão politica acabar sem perder um amigo ou deixar o clima do role pesado. Mas essa semana foi diferente. Ainda por cima numa corrida de táxi.

Não sei como começamos a falar sobre isso, mas o assunto era os candidatos a prefeitura de São Paulo. Já moro aqui há cinco anos e ainda não transferi meu título, e esse ano fiquei triste por isso. Outra pessoa no taxi, também não eleitor na cidade, participou da conversa. O taxista, em questão, era o único com "direito de voto", e sua primeira fala foi "acho que vou anular ou votar em branco".

Eu pedi que ele votasse, por mim, no candidato X. E argumentei tanto sobre esse quanto sobre seus adversários. Achei que fosse ser interpretada de forma errada e já espera um "coice" de resposta. Mas não. O taxista aceitou minha opinião, tanto sobre meu voto quanto sobre os pontos apontados dos outros candidatos. E sinto que, se ele resolver votar, levará minha opinião em questão. Fiquei até feliz!

Mas o motivo de querer relatar esse caso não é a eleição para prefeito em si. Queria falar sobre a tolerância que nos últimos tempos vejo cada vez menos nas pessoas. Tolerância, digo, em aceitar a opinião alheia sem que isso se torne uma briga de certos/errados, verdade/mentira, etc.

Já me calei várias vezes nessas rodinhas de conversa sobre politica pois algumas pessoas que se encontravam no momento possuem essa "personalidade" da tolerância zero. Sabia que, qualquer opinião contraria a delas, seria ração para uma discussão mais acalorada, que não nos levaria a lugar nenhum. E me calo não só quando o assunto é politica. Questões sociais, ideais, educação... todos esses assuntos que "não se discutem". Pode me chamar de covarde, "não fala porque não tem argumento", blábláblá... não me sinto assim!

Só vejo que existem pessoas e pessoas, e que talvez ficar pingando "água mole em pedra dura", como diz o ditado, nem sempre fura.

Queria que tivesse mais pessoas tolerantes assim como eu. Sim, considero-me tolerante. Por que? Porque sei escutar, sei aceitar, e posso até mesmo mudar minha opinião se o seu argumento for bom. Mas também consigo viver sabendo que nem todo mundo pensa que nem eu. E não quero mudar a cabeça dos contrários. Só quero que eles me escutem, me aceitem e se quiserem, mudem de opinião. Assim, como faço.

A internet é um meio onde encontramos para nos expor. E cada vez mais expor o que pensamos. Gerando admiradores ou "haters" por isso. Fico pensando nessa galera considerada "formadores de opinião". Será que teriam a mesma coragem que possuem hoje por causa da internet numa discussão tête-à-tête? Ou seriam assim como eu, calando-se?

boa noite!

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A Cor Púrpura, de Alice Walker

Já devem ter ouvido falar desse livro, de 1982, ou do filme dirigido por Steven Spielberg, de 1985. Se não, dá uma olhada aqui, porque esse post não é uma resenha. E sim uma "homenagem" a parte que mais me cativou durante toda a leitura.

Segue o trecho:

"Querida Nettie,

Eu não escrevo mais pra Deus, eu escrevo pra você.
O que aconteceu com Deus? Shug perguntou.
Quem é ele? Eu falei

...

Agora que meus olhos tão abrindo, eu pareço boba. Perto de cada moita de arbusto do pátio a maldade de Senhor ____ parece que diminui. Mas não de todo. Porque é como a Shug fala, Você tem que tirar o homem da sua vista antes de poder ver alguma coisa.
O homem corrompe tudo, Shug fala. Ele tá na sua cumida, na sua cabeça, e o tempo todo na rádio. Ele tenta fazer você pensar que ele tá em todo lugar. E quando você pensa que ele tá em todo lugar, você começa a pensar que ele é Deus. Mas ele num é. Quando você tiver tentando rezar e o homem se estatelar lá no fim, diga pra ele se mandar, Shug fala. Invoque as flores, o vento, a agua, a pedra.
Mas isso é difícil, eu posso dizer. Ele tá lá há tanto tempo que num quer se mexer. Ele ameaça com raio, dilúvio e terremoto. A gente briga. Eu mal rezo na verdade. Toda vez que eu invoco uma pedra, eu acabo tendo é que atirar com ela.
Amém."

Dentro de todos os assuntos tratados no livro, a questão da figura de Deus é a que mais me chamou atenção. Isso sei que vai do meu momento. Sim, estou descrente da vida. O que gera essa desconfiança em relação a Deus, como se Ele que tivesse toda a culpa do que está acontecendo, do que aconteceu, e do que vai acontecer... Mas não vim falar sobre minhas desconfianças. Vim só dar essa dica de leitura. Valeu pelo empréstimo, Thais! bjs

"Boas vindas, novamente"

Ei, blog "adormecido", aqui está você! Achei que tinha te perdido dentro de um desses buracos negros onde perdemos tampas de caneta, pés de meia, tarraxinhas de brinco... Mas não. Estava só no maior período de hibernação que já tive em relação as minhas "escrivinhanças". Mas vamos acordar então? Tipo now?!?!

Achei realmente que não fosse mais voltar aqui. Que continuaria a escrever e guardar meus textos dentro de pastas ocultas no PC ou dentro da minha cabeça mesmo. Só que senti falta. Mesmo as redes sociais tendo tomado conta do mundo, poder escrever no face ou no twitter não é a mesma coisa. E não me vejo com canal no youtube contando minhas anedotas e todo mundo olhando minha cara.

Porém, o que eu quero escrever aqui? Ou voltar a escrever aqui? Não faço a menor ideia, como sempre. Só escrevo. Leio, releio, e se fica bom... publico! Tipo esse texto de "boas vindas, novamente". Devo ter escrito, lido, reescrito, relido... dois dias depois... publicado!

(P.S. será que alguém ainda entra aqui além de mim?)

Beleza! Era isso! Tô de volta! Tô fênix, ressurgindo das cinzas e pegando fogo novamente!
E já vô chega chegando com mais um post hoje, sobre um livro que acabei de ler. bjs


terça-feira, 28 de maio de 2013

Pense e dance - Barão Vermelho

penso
como vai minha vida
alimento todos os desejos
exorciso as minhas fantasias
todo mundo tem um pouco
de medo da vida

pra que perder tempo
desperdiçando emoções
grilar com pequenas provocações
ataco se isso for preciso
sou eu quem escolho e faço
os meus inimigos

"saudações a quem tem coragem"
aos que tão aqui pra qualquer viagem
não fique esperando a vida passar tão rápido
a felicidade é um estado imaginário

não penso
em tudo que já fiz
e não esqueço
de quem um dia amei
desprezo
os dias cinzentos
eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo

eu rasgo o couro com os dentes
beijo uma flor sem machucar
as minhas verdades
eu invento sem medo
eu faço de tudo
pelos meus desejos

pense, dance, pense, pense, dance
de olho no lance

Link: http://www.vagalume.com.br/barao-vermelho/pense-e-dance.html#ixzz2UdvZYrPK

Keep walking

Mas não. Parei. Sentei. E fiquei!
Esperando? Não sei... me diga você.

Sem muito a escrever hoje. Ontem. Alguns meses.
Parei. Sentei. E ainda estou aqui!

Por que? Acontece.
Ou não acontece.
Ou passa.
Ou...

Deixa pra lá
Siga!

Se quiser


sexta-feira, 22 de março de 2013

Ao lado

Ela não sabia se gostava mais de um ou de outro.Mas tinha os dois. Aconteceu. Saiu com um, mas conheceu um outro. Se sentia completa. Não como imaginou sempre. Não numa atração monogâmica. Mas se sentia completa finalmente.

Não ligou muito pra número. Talvez gênero. Mas número não. Um dia com um, outro dia com outro, mas traduzindo em um só. Numa única vontade. Num único desejo. Numa imagem só. Ninguém nunca soube. Ninguém comentava.

Um dia acordou e olhou pro lado. viu que não tinha ninguém.  Muito menos do jeito que queria. Um só. Respirou. Sorriu e voltou a dormir com a certeza que acharia. Mesmo que em lugares e tempos diferentes.

CM.Andrade